sábado, 11 de março de 2006

Soneto do Maior Amor

Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.

E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal-aventurada

Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo

Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.

(Vinicius de Moraes, 1938)

3 comentários:

Anônimo disse...

Ixxx... Fudeu!! ;P Xonou...

Anônimo disse...

Só postei pra comunicar que visito teu blog SIM, a questão é que a preguiça e a ressaca das férias não me permitem fazer comentários...Porém permitem uma pergunta: estás apaixonado?!?! Bjo de uma das mulheres mais importantes da tua vida :)

Anônimo disse...

beijo de outra das mais importantes!!! kakakakakaka
(eu devia ter sido anônima aqui!!)