terça-feira, 5 de agosto de 2008

Caminho.

Olho para o chão, olho para o céu, para os arranha-céus.
Busco os olhos dos passantes. Na calçada, atrás das vitrines, dos pára-brisas...
Todos sobreviventes. Nessa insanidade que é buscar felicidade no fim do caminho.

Caminho.
Percalços, saltos, solavancos, sobressaltos e uma trajetória absurdamente irregular fizeram o meu caminho. Até aqui.

Irregular? Sim, muito. Mas quem se atreveria a desenhar a verdadeira trajetória que faz o contorno de um coração?

Algumas vezes andei na linha, muitas outras na contramão. Entretanto meu problema sempre foram as esquinas! Elas que nos pegam de surpresa, nos fazem esbarrar uns nos outros. Nunca se sabe o que pode haver do outro lado quando se está prestes a encontrar uma esquina pelo caminho.

Ainda assim, caminho.
Porque às vezes a surpresa é boa. E pode ser que dê vontade de caminhar lado a lado. Junto. "Perto, se longe, e mais perto, se perto", como dizia o Poetinha. Mesmo que seja apenas até ali, até a próxima esquina. A partir daí não sei... A ventura que nos diga o quanto vale uma aventura.

Não, eu não me perco pelo caminho.
Porque afinal, cadê ele? Não sei. Logo, caminho.
.

5 comentários:

Alemão Pizoni disse...
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Eliane! disse...

que bonito!

Rafaella Fraga disse...

assim, todos nós, alguns de nós, seguimos caminhando, vivendo e sobrevivendo, "nessa insanidade que é buscar felicidade no fim do caminho". mas de preferência sem olhar muito pra trás.
bonito!

Anônimo disse...

ó, jhonny: voltei a ativa http://okellenmoraes.wordpress.com/

Anônimo disse...
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