terça-feira, 2 de janeiro de 2007

A corda

Último dia do ano. O calor vem desumano. Ele está na beira do mar, naquela que é conhecida como a maior praia do planeta em extensão. A uns vinte metros das águas, misturam-se veículos e pessoas numa balbúrdia única e própria das areias do Cassino, carros com som extremamente alto e uns barrigudos feios em grupos de dois ou três ao lado, sem nenhuma mulher num raio de dez metros à sua volta, com gosto musical muito duvidoso... Bom, isto dá um outro post inteiro...
Ele foi refugiar-se ali, mais perto do oceano. Chegou carregando consigo uma bola de futebol sob o braço direito e um companheiro para a brincadeira, seu primo Hernani. Começou então mais umas daquelas exposições veranísticas do futebol moleque praticado à beira-mar, muita ginga, muita malícia e muita habilidade. Vez por outra a pelota teimava em escapulir a favor do vento e, sempre que isto acontecia, um dos dois atletas, ambos em grande forma física, a buscava sem dificuldades e sem demonstrar cansaço.
Em meio à, já citada, desorganização dos veículos na praia, havia alguns barracas que vendiam bebidas e afins. Pequenas construções de madeira, facilmente desmontáveis, a mais próxima à dupla de boleiros ficava a uns trinta metros deles e possuía um toldo, apoiado por estacas, também de madeira, e esticado por cordas, presas ao chão, sob o qual eram dispostas mesas e cadeiras de pevecê, onde os sedentos e acalorados veranistas podiam refrescar-se, quase sempre com uma cerveja bem gelada.
Descrito o ambiente em que se deram os fatos, transcreve-se abaixo declaração do atleta Negão, o dono da bola, após a partida:
“Eu tava ali, tentando colaborar com o companheiro eeee ele deu um chute mais forte eeee eu não consegui pegar a bola. Ela escapou eeee o vento tava deixando ela cada vez mais rápida eeee eu acelerei para tentar alcançar eeee quando eu vi, tinha essa corda aí, né? Fazeoquê, parceiro? Coisa do jogo... Pega um fiadaputa ladrão desses pra apitar e o cara não dá nem cartão pro dono do bar!”

No meio do caminho tinha uma corda tinha uma corda no meio do caminho...


11 comentários:

Anônimo disse...

Quer morrer Negão?! Tudo isso foi porque não fomos passar o Ano Novo contigo??
Não fica assim, também sentimos saudades. Mas se tu ficar vivo fica mais fácil!hehehehe

Beijos,
Camila

Anônimo disse...

hahahahaha
Amei a descrição!!! hahahah
Pô e eu nem pra ih salvar a pobre da barraca =/
Mas não te preocupa vai sarar rapidinho, esta em boas mãos!
Q boa entrada hem negrinho?!
beeijos
amo-te

Anônimo disse...

Tu eh uma anta!

Anônimo disse...

Tu eh uma anta!

Anônimo disse...

Bom, muito boa esta notícia meu amigo, bem o teu tipinho, hehehe. Mas "Começou então mais umas daquelas exposições veranísticas do futebol moleque praticado à beira-mar, muita ginga, muita malícia e muita habilidade." Esta frase é totalmente mentirosa. Hahaha Abração negão

Anônimo disse...

Negão...
que corda boca aberta!!

Anônimo disse...

só tenho uma coisa a dizer: o estrago pessoalmente parece maior 2007 promete hein hehehe. abraço

Paul disse...

Isso aí que é a famosa "marquinha do bikini" ?

Vidal disse...

HAHAHAHAHAHA
Tu é um ZÉ ROELA!
CEVEJAAAA!

Anônimo disse...

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! Bocaberta!!! ;P

Anônimo disse...

hahahaha, este foi um dos teus melhores posts... E o fut na beira da praia do Cassino é inigualável!
Abraços

Sandro