sábado, 16 de setembro de 2006

Primeira vista

Será que nos falaremos? Será preciso falar? Ou nos reconheceremos, assim... Os pêlos ouriçados, os olhos atentos, o corpo mal postado, desajeitado, sem conseguir disfarçar...?
Eu não saberei o que falar. Mas, confiante, terei a certeza de que és tu. E de que nada que eu diga te tirará de mim. Não será uma certeza que aprendi ou que entendi, como a de que dois e dois são quatro. Porém uma dessas que, inextricavelmente, nascem com a gente, amalgamadas ao corpo... E à mente. A convicção que minha pele tem de que pertence à tua. Essa coisa tão doida e inexplicável.
Acho que vamos rir, apenas. Uma gargalhada de felicidade. Parecerá que o ar, que nesse momento será só o que nos separará, nos permitiu uma pequena brecha, para que meus pensamentos encontrassem os teus e dissessem tudo o que tinha de ser dito, e essa fusão causou uma explosão! De risos.
A partir desse instante, serás minha, e eu serei teu também. De tal maneira que já não vou mais saber se sou eu, se sou teu, se tu és eu ou se eu sou tu.

4 comentários:

Lara Collares disse...

A coisa mais linda que tu ja escrevestes! Lindo! Lindo de verdade! Eu vi toda a cena... onde eu era uma personagem... e da outra, nao vi rosto nem corpo, só senti... essa sensação... essa vontade de rir...
Parabens, Negão!

Paul disse...

Ai Negão... acho que xônei!

Anônimo disse...

Me arrepiei!!muito massa!

Anônimo disse...

Bah, foi de arrepiar! Mesmo.